quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E hoje.
Coleguinha do RH chegou com pãozinho no escritório, presunto e mussarela e pão de queijo.
Comprou pra todo mundo e eu "Nossa, que legal né.".

Quando foi à tarde ela veio com a notinha para reembolso e eu EEEEEEEEPAAAAA!! Como assim??
E fui explicar pra ela que não é assim, que eu não posso reembolsar uma nota de PÃO DE QUEIJO porque já já patrão chia comigo. Ela reclamou que a gente usava o dinheiro do escritório para comprar salgadinhos.
Nega chegou de paraquedas no escritório, pegou o bonde andando e achou que tava sabendo. A gente SEMPRE fez vaquinha pra comprar salgadinhos. Nunca tirou dinheiro de caixa. Tentei explicar, saiu andando. E se tem uma coisa que me irrita é sair andando.
Aí eu fui atrás pra dizer que de qualquer forma, eu sou a responsável pelas compras de mantimentos/alimentos para o escritório e que ela tem que me avisar, não só chegar dando a notinha.
O que aconteceu? 
Coleguinha surtou. Deu chilique e pediu pra eu não falar mais com ela que ela tinha ficado nervosa.
Voltei pra minha sala e fiquei quieta né, de louca basta eu. Um pouco depois vem ela com a notinha de novo, assinada pelo patrão, e que ele deixou lançar como despesa do escritório. Peguei e continuei na minha.
Mais tarde eu tava na sala tirando xerox, quando ela veio conversando normal, falando que não tava mais nervosa. Falei que então ela ia me ouvir. E falei que ela tem sim que me avisar se for comprar alguma coisa, porque seria a mesma coisa se eu alterasse algo nas cestas básicas (ela é a responsável) e não avisasse. E que não é pelo dinheiro, mas pão de queijo é um supérfluo, e que essas coisas a gente compra por conta própria.
Coleguinha finalmente caiu em si e pediu desculpas.

Ela é muito boazinha, mas folga bastante. Quer que eu compre coisas que só ela come, em quantidades enormes. Pega tudo que é melhor pra ela, e adora enfiar coisas velhas no MEU armário. Mas eu tô curando aos poucos.

Em tempo: não vai dar mesmo pra postar sobre o casamento antes dele acontecer, afinal, dia 20 tá aí e o post tem que ser bem planejado. Mas prometo que vou montar por partes. Quando, só Deus sabe. Oremos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

I'm crazy but you like it

Meus dias estão sendo uma loucura.
A novidade do momento é: eu vou casar. Mas isso é assunto pra um post à parte.

O assunto de hoje é: estou endoidando. 
Tá, isso nem é novidade, mas os últimos acontecimentos somados à loucura do trabalho estão agravando isso.

Começa com o fato de que eu não posso ficar sozinha no escritório, que fico imitando personagens exóticos de desenhos. Tipo a Peggy do Oblongs, o Psyduck, e daí pra pior.

Outro dia a mulher do patrão veio no escritório. Ela é um amor, mas ninguém no escritório tem intimidade com ela, já que ela não faz parte dali, só aparece de vez em quando. Então ela veio, conversou com o filho dela e passou da minha sala pra se despedir. Deu um pequeno tchauzinho de miss.
A Luciana fez o que?

A Luciana mandou beijo. Cas mãozinha na boca, jogando beijinho no ar.
A mulher do patrão deu aquela disfarçada básica e só respondeu  "Um beijo!" pra eu não me sentir tão sozinha.

No outro dia, estou eu lá separando as contas do dia, esparramada na cadeira toda trabalhada no relaxo. Tem uma porta atrás de mim que liga minha sala na da contabilidade, e às vezes o patrão vem por ali. Só que nesse dia eu tava tão concentrada que nem vi ele chegando. Tava ali separando as contas e cantarolando uma música bem vergonhosa (que eu não lembro), quando ouço ele me chamando, já atrás de mim. Minha reação? Dar um baita pulo na cadeira, seguido de um grito como se eu tivesse tomado um choque. O patrão não sabia se ria ou se pedia desculpas, e eu não sabia onde enfiar a cara.

Isso foi só pra encher um pouco de buraco. Prometo que vou tentar fazer um post decente sobre o casamento logo.
Rezem pra que o post não saia DEPOIS do casamento.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Um pequeno resumo dos últimos 3 meses

* Depois do último post, aconteceu mais um fato ~alcoólico~, em um churrasco na casa de amigos, em que eu, bêbada, vi um gatinho, dois gatinhos, três gatinhos, e de repente tava a louca dos gatos deitada no meio deles na calçada. Tudo muito lindo, até eu ter uma reação alérgica monstra e ficar com voz de travesti e olhos inchados. Parabéns, Luciana.

* Meu trabalho está me sugando a vida. Correria, um monte de coisa pra fazer, responsabilidades só aumentando e dinheiro que é bom, nada. Claro que nem se compara ao meu ultimo emprego. Ter a minha própria sala e não ter que lidar com cliente chato é o paraíso, mas em compensação, patrão achando que eu faço 251458 coisas ao mesmo tempo é uó.

* Minha casa tá ficando com a minha cara. Tô amando cada coisa, cada detalhe dela. Mas, como pobre que sou, acabou o dinheiro e não acabou o serviço. Melengue já vendeu o carro, eu tô tentando vender umas coisas que eu tenho, e economizando o quanto posso. Só tá faltando vender a alma.

* Tô precisando dar uma checada na minha saúde. Desde que entrei no escritório, há 2 anos, o único médico que viu minhas fuça foi o ortopedista. Tá difícil definir prioridades quando aos médicos que eu tenho que ir, mas sem dúvidas, a primeira coisa que eu preciso ver é porque raios eu vivo cansada e sem vontade de nada. Por mim eu só dormia. Tenho preguiça de tudo. Sair de casa pra qualquer coisa é um esforço imenso e se tiver que interagir com pessoas então, agonia.

* Quando eu terminei o curso técnico, eu pensei em fazer faculdade. Mas seria uma semi presencial, uma vez por semana, porque né, não tenho paciência com um bando de molecada recém saída de colegial gritando na minha cabeça 5 dias na semana. Mas a preguiça (sim, ela) tá tão grande que nem 1 dia eu quero mais.

* Eu ando me questionando muito. Tipo, o que eu tô fazendo da minha vida, se essas decisões são as certas. A gente podia vir com um alarme, sabe. Pra avisar quando vai dar merda e eu fugir rapidinho. Eu me tornei uma pessoa tão desapegada e desencanada de tudo que eu só queria ficar no meu cantinho sem ser incomodada, sabe. Sem cobrança, sem ninguém me dizendo que eu sou fria ou que eu não visito um e outro. Fiz um teste outro dia e o resultado deu que é depressão. Eu não sou de dar credibilidade em testes da internet, mas sabe que eu fiquei pensando nisso? E se for? Se for, por quê? Eu só queria saber.

* Eu queria viajar. Mas como, eu já disse, tô pobre. Pobre de ter juntado moedas pra comprar a privada da minha casa. Só troquei meu celular porque eu tenho fogo no rabo e queria muito, mas dividi em um milhão de parcelas. Não que justifique, né, mas blz. Agora eu sossego.

E esses foram meus 3 últimos meses. Minha vida tá tão emocionante que dá gosto.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Pequenas doses de alcoolismo

A primeira vez que me embebedei foi com 2 copos de vinho. Tava amargurada porque tinha tomado o segundo bolo do mesmo cara e eu resolvi que ia beber. Nunca tinha bebido. Saí a pé com umas amigas, fomos ao micro shopping e eu fui até a churrascaria e pedi um copo. Bebi e tava de boas. Pedi o segundo. Não sabia beber né, bebi como se tivesse bebendo água. De repente me subiu um calor, uma palpitação e eu achei que fosse morrer. Pedi pra sair do shopping e andar na rua, pensando que se pelo menos me desse um treco eu não passaria vergonha no meio de todo mundo.

***

Estava tudo certo para aquele show de reggae (sim, eu curtia) que ia ter num barzinho. Eu estava trabalhando até as 22h (um beijo, comércio!) e ia descer direto pra lá. Ainda não tinha carta. Meu irmão passou da loja e descemos pra encontrar uma amiga lá. Quando chegamos, tinham uns amigos do meu irmão bebendo vodka com fanta na frente do bar. Mas assim: 1 garrafa 2l com 5 dedos fechados de fanta e o restante de vodka. E enchi o cu de vodka com fanta. Quando a bilheteria abriu, já estávamos trêbados. Entramos e rolava uma música enquanto a banda não entrava. Meu irmão e eu começamos a passar mal. E corremos, um pra cada banheiro. Então eu fiquei lá, viajando sentada no banquinho do banheiro enquanto as meninas lotavam o pequeno espaço. Até a minha primeira gorfada. Todas elas se amontoaram do lado oposto ao meu e me olhavam com cara de nojo. Apenas uma alma boa me levou até a pia pra jogar água na minha nuca. Saí do banheiro e meu irmão estava me esperando com cara de quem também tinha vomitado as tripas e pediu pra irmos embora. Foi uma cena linda, os dois irmãos bêbados escorando um no outro.

***

Carnaval. E mais uma vez, a vodka me fazendo sua vítima. Dessa vez com coca cola. Essa eu não lembro bem como foi. Só sei o que me contaram. Que eu tava com um peguete felizona, dançando e bebendo. Que eu sumi e minha amiga me achou no banheiro vomitando, e só me achou porque eu abri a ponta num solavanco e caí de costas. Que me levaram pra ambulância pra ver se eu tomava glicose, e quando a moça disse que ia me levar pro hospital, eu fiz um escândalo e saí correndo. E depois eu sentei numa mesinha com o peguete, debrucei a cabeça nos braços e....vomitei de novo.

***

Era pra ser um churrasco entre amigos. Mais um do qual eu não lembro do final. Mas foi só com cerveja. A certa altura do churrasco eu saí do corpo e dei lugar à personagem. Disseram que eu falava mole e desafinada, que eu ria descontrolada por qualquer coisa, que eu fui atrás de um carinha (que era minha paixão platônica) no banheiro, dormi na mesa e vomitei dormindo. E que, não estando contente, derrubei toda a carne no chão quando acordei assustada por ter vomitado. Mas o fim da noite foi eu apanhando da minha mãe pelada no banheiro. Com 23 anos.

***

Já na era pós Melengue, a primeira das piores foi essa.

***

Aniversário do Melengue. Foi um dia corrido porque tava tudo pronto quando o tempo virou de uma vez e começou a chover. E foi um tal de corre com churrasqueira pra cá, mesa pra lá, amontoa o povo e o no meio disso a cerveja foi sem perceber. Bebi o dia inteiro, mas achei que tava bem, mesmo falando um monte de abobrinha mole. Da hora de ir embora pra frente, eu não lembro muito bem. Só lembro que saí com a moto e ela praticamente me trouxe pra casa. Parei no semáforo e fiquei viajando com ele aberto até que um carro atrás de mim buzinou pra ver se eu acordava. Acordei no outro dia e vi que tava tudo normal. Porque é assim: quando eu não lembro muito como cheguei, eu checo tudo que eu fiz. Eu tinha colocado trocado de roupa pra dormir, eu não esqueci o celular, nem a minha blusa, abri o portão com a chave, então ok, tava bêbada, mas tava consciente.

***

E, finalmente, ano novo. Virada 2013/2014. Mais uma vez, a vodka. Dessa vez com suco Del Valle, depois com energético, e no fim, quando a dignidade já foi embora, com guaraná Poty. Dessa vez eu tava bem, juro. Bebendo com a prima e o primo do Melengue, até que conseguimos convencer ele a nos levar até o lago da prefeitura, onde teve a versão jaboticabalense do "Show da Virada". Mas já não tava tendo mais nada, então ficamos lá curtindo o ventinho fresco das 3h da manhã. E, de novo, acordei na minha cama. Pelada. Com a luz acesa. Ou seja, alerta vermelho. Fiquei tentando lembrar o que eu tinha feito e nada, só coisas que eu não sabia se eram fatos ou se eu tinha sonhado. Fui levantar, o estômago revirou. Voei pro banheiro pra vomitar. Não lembrava de nada do lago pra frente. Fiquei aflita porque nessas horas eu penso que eu posso ter feito tudo né, até dançar pelada em cima da mesa. Quando Melengue chegou, me disse que o que me fez sair do corpo foi quando eu comecei a virar estrelinha na grama do lago, que eu dei trabalho, que eu só falava bosta e que não queria ir embora, mesmo sendo 5h da manhã. Passei o dia 1º inteiro vomitando e dormindo, mas pelo menos emagreci 1kg.

Luciana, dando vexame por causa do álcool desde 1984.