terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Melengue tá resfriado.
Como ele tá entrando no trabalho só às 15h, eu deixo ele dormir e faço o mínimo de barulho possível pra sair de casa cedo.
Hoje eu tomei café silenciosamente, me troquei silenciosamente, fechei tudo devagarzinho, abri um pouco a janela do quarto pra entrar um ar fresco, fechei janela da cozinha, porta da sala, tranquei porta, abri portão com cuidado, coloquei a bolsa no baú da Biz, joguei A CHAVE DA BIZ NO BAÚ DA BIZ. E FECHEI O BAÚ.
E depois de todo trabalho que eu tive pra não acordá-lo, tive que bater na janela pra ele pegar a chave reserva pra mim.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Jimmy Facts

Eu tinha esse post aqui nos rascunhos, e tava esperando aparecer mais facts pra completar e publicar.
Pois vejam como a vida é irônica. Não deu tempo.
Então, aí vai. Do jeito que estava mesmo. Vou aumentar com alguns que eu me lembro. Jimmy teve muitos facts, ele foi um cachorro incrível. Mas a maioria eu não lembrei. Ele foi a minha perda mais dolorida, até mesmo maior que a do Shigú.

***

* Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha tá na minha cama, Jimmy vem correndo com aquela carinha linda na minha direção e...gruda no meu pé. Mordendo. E eu tenho que vir arrastando ele até chegar na cozinha.

* Agora ele alterna. O mais frequente é me ver, dar um pulo maior do que as pernas, e então grudar no meu pé.

* Ele amoleceu o coração do meu pai. Meu pai, que nunca gostou de animais.

* Toda vez que alguém o impede de fazer alguma coisa, ele sai calmamente e, quando ninguém tá vendo, deixa um "presente" no quarto de cada um.

* Ninguém pode sair de casa. Ninguém mesmo. Ele fica chorando e esperando nos lugares onde ele sabe que cada um vai entrar.

* Sempre que ele vê alguém da casa chegando, fica tão feliz que não abana o rabo, abana a bunda toda. O que rendeu o apelido de ~Jimesco Popozudo~

* Ele tem ciúmes quando Melengue me abraça. Não sei se é de mim ou dele, mas toda vez ele se enfia no meio de nós tentando apartar.

* Todo dia cedo ele acorda e vem pro meu quarto, pra ficar deitado na minha cama enquanto eu tomo o café. E fica ali até a hora que eu vou trabalhar.

* Ele não suporta quando alguém querido vai embora. E sempre morde quem fechou o portão por ~ter deixado a pessoa ir~

* Quando é alguém aleatório, então ele se esconde atrás da parede dá área da frente, e quando eu passo ele pula "me assustando", e então...gruda no meu pé.

* Ele ama o Melengue. Mas se Melengue finge que está me batendo, então Jimmy o morde.

* Ele sofreu muito depois que eu casei. Toda aquela nossa rotina de ficar juntinhos de manhã acabou. Ele dormia do lado da minha cama vazia. Ele pedia pra subir na minha cama e dormir lá. Ele chorava na porta do meu quarto. Ele sentiu a minha falta assim como eu senti a dele.

Ele tinha o coração fraco e a gente não sabia. Meu cachorro morreu de um infarto. Ele tinha um amor tão grande que não coube dentro dele. Ele me esperou pra se despedir de mim. E teve a delicadeza de esperar eu ir embora pra partir, pois sabia que eu ia sofrer mais ainda. E deixou um grande vazio, uma tristeza gigantesca. Uma dor que não cabe dentro do peito, me fazendo chorar a qualquer hora, inclusive agora.

31/01/2015